quinta-feira, 16 de março de 2017

QUE EUROPA QUEREMOS?(II)

Não é difícil dizer que Europa queremos!Ao nível das organizações de trabalhadores muito há para dizer!0
mínimo que podemos dizer é que aquando da instituição da moeda única nos enganaram bastante!Prometeram quase um paraíso, com controlo da inflação, crédito acessível,valorização salarial e uma Carta dos Direitos Fundamentais que outorgava juridicamente direitos sociais importantes.Depois veio a tal crise, bem oportuna por sinal, para promover a austeridade para as classes populares, com afundamento dos bancos e enriquecimento dos banqueiros e gestores, quase destruição dos mecanismos da contratação coletiva, flexibilidade dos despedimentos e enormes perdas de rendimentos para os trabalhadores europeus e até cortes salariais nos países sob intervenção dos credores!
Ora a a Europa dos trabalhadores terá que ser outra coisa bem diferente!
Queremos que a Carta dos Direitos Fundamentais se aplique sempre e em todos os países e possa melhorar alguns dos seus direitos.Não se pode despedir sem justa causa, trabalho igual para salário igual,o trabalho precário tem que ser limitado e o normal será o contrato permanente, direito a férias pagas, distribuição da riqueza produzida também pelos trabalhadores, direito á participação nas empresas, nomeadamente o direito á cogestão e autogestão!
Com as novas tecnologias e o aumento da produtividade dos novos trabalhadores é necessário trabalhar menos, entre 30 a 35 horas por semana, e com garantias de conciliação da vida familiar e profissional e o efetivo direito ao descanso.O direito a um rendimento mínimo ou básico europeu, a um subsídio digno no desemprego e a uma reforma digna!Sem estas condições para quem trabalha ou já trabalhou nunca poderá haver paz social na Europa!Mas estes direitos devem também abranger  os trabalhadores estrangeiros que vivem e trabalham na Europa!Os refugiados devem ter os seus direitos e segurança garantidos.A discriminação deve ser banida definitivamente da Europa!
Queremos uma Europa onde seja efetivo o poder dos trabalhadores!Não queremos o medo nas empresas europeias, o assédio moral e sexual, a humilhação, o desgaste físico e psíquico das pessoas.Tudo em nome da sacrossanta competitividade e  acumulação da riqueza nas mãos de alguns!Tais objetivos humanistas apenas serão viáveis e efetivos com mais poder das organizações de trabalhadores nas empresas e na sociedade em geral!Esta é a Europa que queremos!

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